Durante a exposição tivemos a
iniciativa de conhecer mais intimamente o público que
estava ali fruído as obras e também para obter respaldo para novas intervenções e itinerâncias do Coletivo.
Por se tratar de uma exposição
fora do cubo branco, onde haveria certo controle do número de visitantes e por
ser, no Parque da Pedra da Cebola, um grupo muito maior de frequentadores nos
foge qualquer controle numérico quantificável do número de fruidores das obras
ali expostas. Tendo em vista esta realidade o Colarta realizou um levantamento
estimativo dos visitantes do Parque, no período da exposição, do dia 25 de
setembro a 28 de outubro.
Durante a semana o levantamento do
público foi junto à equipe do Centro de Educação Ambiental, com os grupos
agendados. Estes dados nos revelou que os maiores frequentadores do Parque são
alunos de escolas. E dos 1.766 visitantes agendados, 66% eram alunos de escolas
públicas dos municípios da Grande Vitória e de outras regiões do Estado.
Nos finais de semana, esta
estatística se inverte, 59% dos frequentadores são moradores de Vitória
provenientes de vários bairros como: República; Jardim Camburi; Goiabeiras; Boa
Vista; Joana d’Arc; Resistência; Praia do Canto; Santa Martha; São Pedro e Maruípe.
Já os 41% são vindos dos municípios da Serra, Vila Velha e Cariacica.
Em relação ao qualitativo o Colarta preparou um questionário que foi aplicado aos visitantes, em
dois finais de semana. Os formulários foram respondidos por adultos,
adolescentes e pessoas da terceira idade.
Dos entrevistados, em relação à
escolaridade, 27% tem nível superior, 39% ensino médio ou técnico, 15% pós-graduação, 3% pré-escolar, 6%
fundamental e 10% não estudam ou não responderam. Sobre a exposição 95%
gostaram das obras e 5% disseram indiferentes, porém foram 100% unanimes em
dizer que gostariam de ver novas iniciativas de exposições, como esta, em locais
públicos na cidade de Vitória. Para novas exposições do Coletivo foram
sugeridos pelo público: em 1º. Lugar, com 36% dos votos, o Horto de Maruípe; em 2º. Lugar, com
24%, a Gruta da Onça; o 3º. Lugar, com 15%, ficou com Barreiros e o 4º. Lugar com
os parques Mangue Seco e Fonte Grande.
Esta pesquisa por amostragem
durante o evento teve o intuito de verificar se a ideia de produzir uma exposição
em um espaço alternativo, que proporcionasse ao público uma experiência
estética, gerando conhecimento reflexivo, abrangente a todas as idades e
classes sociais, teria alcançando seu objetivo. E o resultado foi positivo já
que somente 59% dos entrevistados responderam que costumam frequentar, ou pelo
menos terem ido uma vez, aos museus e galerias, por iniciativa própria ou por terem sido levados por atividades escolares.
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