quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Transeuntes flanando entre as obras

Que tal um abraço?

Quem não gosta de uma abraço gostoso, de despertar a curiosidade alheia, trazer a tona lembranças, saudades... A rodoviária é um ponto entre a chegada e a partida, entre o encontro e a despedida, entre  esse emaranhado de sensações poder quebrar a rotina para contemplar uma obra, interagir com outra, sentar ao lado ou sobre um trabalho, tem mudado a rotina dos viajantes.


Izabel Vidal entre "Laços"

Um olhar através da escultura de Francisco Edilberto reflete as muitas nuances do dia a dia da rodoviária e o expectador faz parte da obra um vez que se vê refletido nela.


O viajante de Irineu  dá as boas vindas! Não há quem não pare para olhar, fotografar ao lado da obra do artista que retrata o migrante brasileiro, que anda pelo país carregando a saudade na bagagem e a esperança na sola dos pés.


O público muitas vezes nos surpreende, acostumado com as placas nos museus e galerias que o induzem a não tocar em nada, ele se mostra tímido diante da obra que é feita para o toque, mas basta uma pessoa chegar e interagir que imediatamente outro se lança à experiência. 


Golondrinas (detalhe)

Homenagem de Penithencia a obra de Frans Krajcberg, que era instalada na rodoviária e foi destruída pela ação do tempo e dos vândalos.




Desde sua construção, a intervenção sobre as cadeiras foi pensada para que o público pudesse sentar sobre a obra e assim interagir com ela. Algumas pessoas são graciosas ao ponto de olhar, fotografar e sentar ao lado, outras simplesmente ignoram e algumas não se detêm e tentam levar parte do trabalho consigo. Sejam quais forem as reações, o mais importante é que de alguma forma as pessoas parem por um minuto e olhem além do que os olhos possam ver. 




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